O Observatório Nacional realizará uma transmissão ao vivo do eclipse parcial da Lua que ocorrerá na noite de terça-feira (17) até a madrugada de quarta-feira (18). A iniciativa faz parte do programa “O céu em sua casa: observação remota” e permitirá que o público acompanhe o fenômeno, que será visível em várias partes do mundo, inclusive no Brasil.
Segundo a astrônoma do Observatório Nacional, Josina Nascimento, o eclipse parcial ocorre quando apenas uma parte da Lua passa pela sombra mais escura da Terra, chamada umbra. Ela explica que o eclipse começa com a fase penumbral, quando a Lua entra na penumbra — uma sombra mais clara que ainda recebe um pouco de luz do Sol — e não é visível a olho nu. No entanto, quando a Lua penetra na umbra, uma parte escurece, e esse efeito pode ser observado diretamente no céu.
Josina esclarece que o Brasil poderá acompanhar o eclipse completo, mas será um eclipse parcial de pequena magnitude, com apenas 3,5% da superfície da Lua escurecida no seu ponto máximo. A diferença em relação ao eclipse solar é que o eclipse lunar pode ser visto de qualquer lugar onde a Lua esteja visível no céu, sem necessidade de equipamentos especiais.
O evento se iniciará às 21h41 (horário de Brasília) com a fase penumbral. O eclipse parcial começará às 23h12, atingindo seu ápice às 23h44. O fenômeno será finalizado à 1h34 da madrugada do dia 18. Além de assistir à transmissão ao vivo pelo Observatório Nacional, é possível observar o eclipse diretamente a olho nu, desde que as condições meteorológicas estejam favoráveis.
Josina também destaca que não há riscos para os olhos ao observar um eclipse lunar, ao contrário dos eclipses solares. Ela lembra ainda que os eclipses da Lua e do Sol ocorrem em sequência, devido à inclinação do plano de órbita da Lua em relação à Terra. Após o eclipse lunar, haverá um eclipse solar anular no dia 2 de outubro, que também será transmitido pelo Observatório Nacional.