Nesta quarta-feira (2), a Polícia prendeu Raione Cabral, candidato a prefeito de Coari, no Amazonas, após ele jogar dinheiro em uma praça pública, em uma ação que foi gravada e circulou nas redes sociais. Os vídeos mostram o tumulto gerado enquanto Cabral atirava as notas de dinheiro de uma estátua de Cristo, e várias pessoas corriam para pegar o dinheiro, deixando carros e motos abandonados na rua.
Raione Cabral foi detido pela Polícia Militar no local, após os policiais presenciarem a ação, considerada crime eleitoral, de acordo com os artigos 299 e 350 do Código Eleitoral, que proíbe a oferta de dinheiro em troca de votos. Cabral, de 34 anos, é advogado e conhecido por ser um forte opositor do ex-prefeito Adail Pinheiro, que é seu adversário político nas eleições.
Coari, com 73.820 habitantes, é o sexto município mais populoso do Amazonas. As viagens até Manaus podem levar até sete horas de barco, duas horas de avião, ou mais de 3.400 km por terra.
Ofertas de dinheiro para desistência de candidatura
Também nesta quarta-feira, a Polícia Federal (PF) lançou uma operação contra um grupo que oferecia até R$ 40 mil para que candidatos a vereador desistissem de suas campanhas. A quadrilha atuava em Caxias, no Maranhão, com o objetivo de reduzir o número de candidatos do partido adversário. Três mandados de busca e apreensão foram cumpridos nas casas dos suspeitos, que podem responder por associação criminosa e crimes eleitorais.
Compra de votos com Cheque Moradia
Ainda na quarta-feira, a PF deflagrou a Operação Voto em Xeque, em Marabá, no Pará, para combater a corrupção eleitoral. Dois candidatos a vereador são investigados por oferecer Cheque Moradia em troca de votos. O Cheque Moradia é um programa do governo do Pará que concede até R$ 20 mil para famílias de baixa renda reformarem ou comprarem imóveis. A PF cumpriu mandados de busca nas residências dos investigados e na Câmara Municipal, onde foram apreendidos documentos e mídias digitais.
Prisão por crimes eleitorais em Roraima
Na terça-feira (1º), um servidor público estadual foi preso em Roraima com R$ 120 mil em um carro oficial, após uma denúncia anônima. A PF, em parceria com a Polícia Rodoviária Federal, apreendeu a quantia e dispositivos eletrônicos, que serão analisados durante a investigação.