O Zimbábue anunciou que vai sacrificar 200 elefantes para lidar com a escassez de alimentos causada pela pior seca em décadas no sul da África, seguindo o exemplo da Namíbia. O ministro do Meio Ambiente disse que o país tem mais elefantes do que precisa, e ordenou que a Autoridade de Parques e Vida Selvagem (ZimParks) inicie a matança seletiva na reserva natural de Hwange, onde vivem 65 mil elefantes, quatro vezes a capacidade do parque.
A Namíbia já havia anunciado o abate de 700 animais selvagens, incluindo 83 elefantes, para alimentar a população e aliviar a pressão sobre os recursos hídricos esgotados pela seca.
Namíbia e Zimbábue estão entre os países que declararam estado de emergência por causa da seca. Estima-se que restem 415 mil elefantes na África, comparados aos mais de 3 milhões do início do século XX, sendo que as populações de elefantes de países como Botsuana, Namíbia e Zimbábue são classificadas como “vulneráveis”, ao invés de ameaçadas de extinção.