O presidente Jair Bolsonaro (PL) e a primeira-dama Michelle Bolsonaro receberam, na tarde desta terça-feira (8), lideranças e autoridades evangélicas no Palácio da Alvorada, residência oficial, em Brasília.
Entre 200 e 300 pessoas, além da imprensa, participaram do encontro, segundo estimativa da assessoria do Palácio do Planalto.
Em seu discurso aos evangélicos, Bolsonaro reiterou o posicionamento do Brasil sobre a guerra entre Rússia e Ucrânia, destacando que se encontrou em fevereiro com “um dos homens mais poderosos do mundo”.
“Depois da reunião de quase três horas, para a imprensa, nós nos posicionamos. Lembro bem da mensagem que eu poderia dar naquele momento: ‘Presidente Putin, o mundo é nossa casa, e Deus está acima de todos nós'”, afirmou Bolsonaro, sem mencionar que antes da reunião com Vladimir Putin começar, no dia 16 de fevereiro, ele declarou “solidariedade aos russos”, em breve pronunciamento à imprensa.
A solenidade ocorreu no salão principal do Alvorada. Ao longo da cerimônia, pastores de diferentes igrejas protestantes discursaram em apoio ao anfitrião, destacando bandeiras do governo Bolsonaro, como a defesa da família tradicional e das religiões cristãs.
Além das lideranças das igrejas, estavam presentes ministros do governo, entre os quais Milton Ribeiro (Educação), Tarcísio de Freitas (Infraestrutura) e Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos). Parlamentares evangélicos governistas também compareceram à solenidade.
O encontro com lideranças evangélicas no Alvorada tem sido articulado pelos aliados de Bolsonaro há mais de duas semanas.
Em ano eleitoral, a reunião revela estratégia do presidente, que tentará a reeleição em outubro, para mostrar que ainda lidera como favorito entre os eleitores evangélicos, tendo em vista recentes notícias de que esse grupo está dividido no apoio a Bolsonaro e ao ex-presidente e pré-candidato ao Planalto, Luiz Inácio Lula da Silva (PT)