Bolsonaro diz que Moraes faz mais mal ao Brasil do que Lula: ‘Que o Senado Federal bote um freio’

Durante o ato de 7 de setembro na Avenida Paulista, em São Paulo, o ex-presidente Jair Bolsonaro fez um discurso cobrando o Senado Federal, presidido por Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para pautar o pedido de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O pedido está previsto para ser protocolado na segunda-feira (9).

Bolsonaro criticou Moraes, chamando-o de “ditador” e atribuindo-lhe ações que, segundo o ex-presidente, prejudicam o Brasil mais do que o próprio presidente Lula. Bolsonaro também sugeriu que as eleições de 2022 foram manipuladas por Moraes, que na época era presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Parlamentares de oposição recolheram assinaturas em apoio ao impeachment, mas Pacheco já indicou que não pretende dar seguimento ao processo. Em resposta, a oposição aposta na mobilização popular para pressionar o Senado.

Além disso, Bolsonaro pediu anistia para os presos pelos atos de 8 de janeiro em Brasília, alegando que as manifestações não foram uma tentativa de golpe, mas uma “catarse” do povo brasileiro. Ele também se emocionou ao lembrar do ataque a faca sofrido em 2018, e mencionou Donald Trump, dizendo que sua reeleição nos EUA seria um recado para os ditadores ao redor do mundo.

No evento, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) também fez críticas contundentes a Alexandre de Moraes, chamando-o de “psicopata”. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, pediu anistia para os presos de 8 de janeiro e puxou um coro de “volta, Bolsonaro”. O deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) reforçou as críticas, chamando Moraes de “tirano” e criticando Pacheco por não pautar o impeachment.

A manifestação reuniu apoiadores do ex-presidente, incluindo figuras como o pastor Silas Malafaia e outros políticos, em um ato de protesto contra Alexandre de Moraes e em apoio a Jair Bolsonaro.