Uma pesquisa realizada pela Broadminded, divisão de estudos da agência Sherlock Communications, revelou que 34% dos brasileiros notaram uma melhora na saúde mental após o bloqueio da rede social X (antigo Twitter), imposto em 30 de agosto. Além disso, 24% dos entrevistados afirmaram que não pretendem retornar à plataforma, mesmo que o Supremo Tribunal Federal (STF) suspenda a proibição.
A pesquisa, que entrevistou 1.405 brasileiros de diferentes regiões, analisou o impacto da medida sobre o uso das redes sociais no país, que está entre os 10 maiores mercados globais da plataforma. Dos entrevistados, 51% usavam o X com frequência antes do bloqueio, enquanto 30% relataram um uso menos frequente. Curiosamente, 19% dos usuários já haviam diminuído ou abandonado a plataforma antes da suspensão, devido ao aumento de conteúdos desagradáveis.
O futuro do X no Brasil
Sobre o futuro do X no país, 72% dos usuários acreditam que a plataforma deveria adotar medidas mais eficazes para combater discursos de ódio, e 82% defendem que as redes sociais devem ser responsáveis por conter a disseminação de fake news. Em relação ao bloqueio, 43% dos entrevistados consideram que a decisão do STF não foi justificada, 39% concordam com a medida, e 18% disseram não ter informações suficientes para opinar.
A pesquisa também revelou que 80% dos usuários acham que uma rede social deve seguir as leis do país em que opera. No entanto, 35% dos brasileiros expressaram preocupação com o bloqueio, temendo o impacto sobre a liberdade de expressão e o futuro das redes sociais.
Impacto das redes sociais
Outra pesquisa, encomendada pelo site Nomophobia.com, destacou que 79% dos brasileiros reconhecem o uso excessivo de dispositivos móveis. Especificamente sobre o X, 76% dos usuários consideram que a plataforma era mais eficiente na entrega rápida de notícias, com 68% se sentindo mais atualizados ao usá-la.
No ambiente profissional, 28% dos entrevistados afirmaram que a suspensão do X prejudicou campanhas de marketing, estratégias de conteúdo e engajamento, enquanto 9% relataram uma sensação de distanciamento dos clientes. Após o bloqueio, 56% dos usuários disseram que não migraram para novas plataformas, continuando com as já existentes; 22% optaram pelo Threads e 15% migraram para o Bluesky.