Itabira, 9 de março de 2025 – A Rondas Táticas Metropolitanas (ROTAM) prendeu dois suspeitos de envolvimento em um ataque a tiros e com coquetel molotov contra a casa de dois militares da reserva em Belo Horizonte. O crime ocorreu na madrugada deste domingo, 9 de março, no bairro Jonas Veiga, e já é o segundo registro de disparos na mesma rua em menos de uma semana. Os suspeitos, de 20 e 29 anos, foram detidos em Itabira, região Central de Minas Gerais, após intensa operação policial.
O Ataque
Por volta das 1h da madrugada, a Polícia Militar foi acionada após uma residência ser atingida por disparos de arma de fogo. Os moradores, dois militares veteranos de 51 e 59 anos, relataram que os criminosos efetuaram cerca de 15 tiros e arremessaram um coquetel molotov, que atingiu a varanda da casa. A filha de um dos militares acordou assustada ao ver as chamas, que foram rapidamente controladas por um dos moradores. Ninguém ficou ferido.
A perícia da Polícia Civil recolheu 12 cartuchos calibre .380 espalhados pela rua, além de uma sacola com um isqueiro. No muro e no portão da casa, foram encontradas quatro perfurações de bala. Imagens de câmeras de segurança mostraram dois indivíduos chegando ao local: um deles acendeu e arremessou o coquetel molotov, enquanto o outro efetuou os disparos. Após o ataque, os criminosos fugiram a pé e entraram em um veículo sedan branco.
Investigações e Prisões
Durante as investigações, outro militar que mora na mesma rua revelou que sua casa também foi alvo de disparos no dia 3 de março, mas ele optou por não registrar ocorrência, já que ninguém se feriu. Com base nas imagens das câmeras e em informações de inteligência, a polícia identificou os dois suspeitos como integrantes de um grupo criminoso. Eles haviam fugido para Itabira, onde foram localizados pela ROTAM.
No período da tarde, viaturas da ROTAM intensificaram as buscas em vários pontos de Itabira, incluindo os bairros Bela Vista e Machado. A operação resultou na prisão dos dois suspeitos. O primeiro, de 20 anos, confessou que recebeu ordens de uma facção criminosa para cometer o crime, mas alegou não saber que se tratava da casa de militares. O segundo, de 29 anos, foi abordado em uma residência, onde sua mãe afirmou que ele estava envolvido em “coisas erradas”.
Os militares apuraram que, no dia 6 de março, outro militar de Itabira também foi vítima de um ataque semelhante. A população local ficou apreensiva com a movimentação das viaturas da ROTAM, que percorreram vários bairros da cidade durante a operação.
Ambos os presos foram encaminhados para a Delegacia de Polícia Civil, onde o delegado de plantão tomou as providências necessárias. Eles responderão por tentativa de homicídio, porte ilegal de arma de fogo e uso de artefato explosivo caseiro.