A empresa responsável pela carne entrou em contato com a consumidora para ressarcir o valor pago pelo pacote e avaliar o lote do produto
Uma arquiteta de Belo Horizonte levou um susto ao abrir um pacote de filezinho de peito de frango e encontrar um pedaço da carne completamente esverdeado. A história foi postada no Instagram por Mariana Barbosa, de 37 anos, e chamou a atenção nas redes sociais.
“Quando eu abri o pacote, encontrei esse pedaço completamente verde, a coisa mais estranha do mundo. As outras peças estavam normais, só estavam um pouco mais sujas, o que não costuma acontecer com outras marcas”, conta Mariana. Ela disse que jogou fora o pedaço esverdeado e usou o restante da carne.
Após a postagem, a marca Seara procurou a arquiteta e pediu informações sobre o ocorrido. “A empresa pegou as informações do lote e as imagens do frango e disse que vai passar para o setor técnico para avaliação. Além disso, pegaram meus dados bancários para me ressarcir quanto ao valor pago pelo produto”, informou Mariana.
A consumidora não ficou satisfeita com esse retorno. Ela contou que esperava obter uma resposta do que pode ter acontecido com o frango e se há risco dos outros pedaços também terem sido contaminados. “Como eu consumi o restante do frango queria saber se há riscos a minha saúde e como eu devia proceder”, destacou.
O pacote foi comprado em um supermercado do bairro Cruzeiro, na região Centro-Sul de Belo Horizonte no início de maio. Por nota, o Supernosso informou que “a cliente em questão deve entrar em contato com o SAC do supermercado. Assim, a empresa poderá acionar o fornecedor em questão para ressarcimento da cliente”.
A reportagem procurou a empresa Seara. Em nota, ela informou que “o serviço de atendimento ao consumidor já entrou em contato com a consumidora para resolução do caso e reforça que o produto não oferece risco à saúde”.
O que diz o Procon
O coordenador do Procon da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) Marcelo Barbosa explica que é direito do consumidor procurar o estabelecimento onde o alimento impróprio para o consumo foi vendido e pedir a troca do produto ou o dinheiro da compra de volta.
Além disso, o consumidor pode registrar um boletim de ocorrência na Delegacia de Polícia Civil, já que vender produtos impróprios para o consumo é crime e cabe investigação policial.
Barbosa diz ainda que o consumidor pode entrar na Justiça pedindo ressarcimento de algum dano que ele tenha sofrido. “Aí depende de cada situação. Se a pessoa chegou a consumir o produto, se ela passou por alguma situação constrangedora abrindo o alimento na frente de outras pessoas”, concluiu.
Fonte: Otempo