A Voepass suspendeu até o dia 31 de agosto a venda de passagens para voos que partem ou chegam aos aeroportos de Fortaleza e Natal, além de outros destinos, após a queda do turboélice ATR 72-500 no dia 9 de agosto em Vinhedo, São Paulo. O acidente, que resultou na morte de 62 pessoas a bordo do voo 2283, levou a companhia aérea a reorganizar sua malha aérea, provocando atrasos e cancelamentos de voos, conforme noticiado pela Agência Brasil.
No site da Voepass, as passagens para voos entre Fortaleza, Natal, Fernando de Noronha e Juazeiro do Norte estão indisponíveis até pelo menos 31 de agosto. Voos entre Fernando de Noronha e Juazeiro do Norte também estão suspensos até o início de setembro. Segundo a operadora do aeroporto de Fernando de Noronha, a Voepass não realiza voos entre o arquipélago e as cidades de Fortaleza e Natal desde o dia 12 de agosto, mantendo apenas dois voos diários entre Recife e Fernando de Noronha, prioritariamente para atender clientes da Latam, parceira comercial da Voepass.
Contingenciamento e reclamações
Desde o acidente, muitos consumidores que optaram por cancelar suas passagens com a Voepass têm relatado dificuldades para obter reembolso integral ou realocação em outros voos, com queixas se acumulando em plataformas como o Reclame Aqui. Além disso, o número de reclamações sobre cancelamentos de voos pela própria empresa aumentou significativamente.
Em resposta, a Voepass lamentou os inconvenientes causados pelo contingenciamento e afirmou estar trabalhando para minimizar os transtornos aos clientes, realocando passageiros em outros voos. A companhia destacou que está comprometida em melhorar seus serviços e atende às queixas por meio de seus canais oficiais. No entanto, não forneceu detalhes sobre o impacto da suspensão temporária das vendas e o número de voos cancelados desde o acidente.
Ação da Anac
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), que regula e fiscaliza as atividades de aviação civil no Brasil, informou que está monitorando as reclamações dos passageiros e, na última sexta-feira (16), reuniu-se com representantes da Voepass para discutir as medidas necessárias para normalizar as operações da empresa.
Após dar prioridade à assistência às famílias das vítimas, a Anac iniciou uma operação assistida para garantir a prestação adequada dos serviços pela Voepass, intensificando a vigilância e o monitoramento das atividades da companhia para evitar anormalidades operacionais.
A Anac orienta os passageiros afetados por atrasos, cancelamentos ou interrupções no serviço de transporte aéreo a contatar diretamente a companhia aérea. Segundo a Resolução nº 400, de 13 de dezembro de 2016, as empresas são obrigadas a informar imediatamente sobre atrasos, cancelamentos e interrupções, mantendo os passageiros atualizados a cada 30 minutos e oferecendo assistência material conforme o tempo de espera.