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Servidores da segurança marcam protesto no centro de BH

Em greve desde o mês passado (com funcionamento em escala mínima de 30%), os servidores estaduais da segurança organizaram para quarta-feira (9) uma manifestação cobrando reajuste de 24% no salário. 

O ato está marcado para a Praça da Estação, a partir de 9 horas, e lideranças da categoria prometem “incursões” pela cidade.

A categoria decidiu pela greve em 21 de fevereiro, após o pedido de recomposição não ter sido concedido pelo governador Romeu Zema, e em alguns presídios do Estado a falta de agentes penitenciários têm gerado protestos e rebeliões. No entanto, de acordo com a Constituição, policiais e bombeiros militares não podem fazer greve.

Na semana passada, representantes do setor da segurança se reuniram com a secretária de Planejamento e Gestão, Luisa Barreto (PSDB), mas não houve acordo no encontro.

A secretária afirmou que o reajuste cobrado pelas forças de segurança poderia levar o Estado a descumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal, que impõe restrições aos gastos do poder público com pessoal. 

O deputado estadual Sargento Rodrigues (PTB) criticou, durante transmissão nesta segunda-feira (7) em suas redes sociais, os argumentos usados pela secretária.

“Criam pretextos para não atender as reivindicações e para não cumprir uma ata que o próprio governo assinou. A fala da secretária Luisa Barreto foi de que não poderia atender porque havia impedimento na lei. Mas são inverdades do governo. Não estamos falando de aumento, estamos falando de recomposição de perdas inflacionárias, o que está previsto na Constituição e não é vedado pela Lei de Responsabilidade”, afirmou o parlamentar. 

O parlamentar apontou que os servidores da segurança estão dispostos a radicalizar o movimento e que não “dará sossego ao governo”.

“Foi a quarta desculpa desse governo, mais uma interpretação para não atender o acordo. Enquanto isso, a Advocacia do Estado pede multas pesadíssimas para os sindicatos na tentativa de calar nossa boca e nos impedir de exercer o livre direito de reunião e de ir e vir. Não adianta, não vamos parar. Aqui em Minas Gerais, nós não vamos dar sossego. Espero que até quarta-feira, o governador tenha um pouquinho de juízo e cumpra o que assumiu em ata”, afirmou Rodrigues. 

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