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Torcida do Galo faz a festa antes, durante e depois do clássico

Alvinegro venceu o Cruzeiro por 2×1, com gol marcado no último minuto

Em mais uma vez que o maior clássico de Minas é disputado com carga de apenas 10% dos ingressos para os visitantes, as torcidas de Atlético e Cruzeiro fizeram um “duelo a parte” mesmo antes de a bola rolar.

Maioria absoluta nas arquibancadas e empolgados com a grande fase da equipe desde o ano passado, quando faturou os títulos da Copa do Brasil e do Campeonato Brasileiro, os atleticanos começaram a tomar o Mineirão logo cedo.

E mesmo que o setor destinado à torcida celeste ainda estivesse praticamente vazio uma hora antes do início do jogo, os primeiros cânticos ironizando o adversário já começaram a ser entoados pelos atleticanos. Em especial, o já ‘tradicional’ nos clássicos “ao, ao, ao, segunda divisão”, criticando o fato de o Cruzeiro estar na segunda divisão desde 2020.

Quando os goleiros do Cruzeiro entraram em campo para fazer o aquecimento, também sentiram a força dos apupos dos mais de 50 mil atleticanos presentes no Mineirão. A vaia foi ainda mais intensa quando a maior parte da torcida celeste, que havia sido escoltada pela Polícia Militar, tomou seus lugares nas arquibancadas. O mesmo se repetiu no momento em que os jogadores de linha do Cruzeiro também vieram a campo.

Quando a bola rolou, a torcida do Atlético seguiu provocando o rival, novamente com os tradicionais “ão, ão, ão, segunda divisão” e com o “Eu sei que você treme”.

Com o equilíbrio de forças em boa parte do primeiro tempo, a torcida do Atlético sentiu que era momento de apoiar o próprio time também. Dale, Dale, Dale Galo e Vai pra cima Deles, Galô.

Em minoria, a torcida do Cruzeiro tentava se manifestar, mas era “sufocada” na sequência pela resposta dos atleticanos. Foi o que aconteceu por exemplo após uma tentativa de Edu.

Com o time celeste criando mais oportunidades, a torcida celeste teve alguns momentos de euforia.  Até mesmo as boas intervenções do goleiro Rafael Cabral eram motivo de comemoração.

No segundo tempo, a torcida alvinegra voltou a sentir que era preciso incentivar o time. Os gritos de Aê, aê, âe, Ô Ô Ô ô… Galôôô voltaram a ecoar.

A ‘disputa’ entre as torcidas só teve um momento de ‘trégua’ quando Éverson e Edu se chocaram feito dentro da grande área e o atacante celeste chegou a ficar desacordado, tendo de ser retirado de ambulância do gramado. Neste momento, as duas torcidas aplaudiram juntas.

Mas a partir dali o clima ficou ainda mais agitado. Primeiro com o gol de Vitor Roque, aos 24 minutos. Foi a única vez em que a festa da torcida celeste falou mais alto no Mineirão. “Sai, sai da frente, sai que o Cruzeiro é chapa quente”.  A torcida atleticana tentou fazer com que o time não sentisse o “peso do gol” e passou a incentivar ainda mais.

No empate com gol de pênalti de Hulk, a torcida Alvinegra foi ao delírio. E não parou mais de cantar. No fim, foi à loucura com o gol da virada, marcado por Ademir, já nos acréscimos. Festa absoluta para a maioria alvinegra.  E, claro, não podia faltar o ‘mantra’: ao, ao, ao, segunda divisão’.

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