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Procuradoria do STJD pedirá interdição da Arena MRV e que Atlético atue sem torcida

As cenas de violência e vandalismo ocorridas na Arena MRV durante a derrota do Atlético por 1 a 0 para o Flamengo, na final da Copa do Brasil, podem gerar sérias consequências para o clube mineiro. A Procuradoria do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) está coletando provas e finalizando denúncias, com planos de pedir a interdição do estádio, que foi inaugurado em agosto do ano passado, até a conclusão do julgamento.

A informação foi inicialmente divulgada pelo GE e confirmada pela Itatiaia nesta segunda-feira (11). A Procuradoria sugere que o Atlético mande seus jogos fora da Arena, com portões fechados. Isso significaria que, além de utilizar outro estádio, o clube não teria o apoio de sua torcida.

A Procuradoria está reunindo os relatórios do delegado da partida e os boletins da Polícia Militar, além de imagens feitas por torcedores e pela imprensa. O árbitro Raphael Claus relatou na súmula incidentes como bombas lançadas no campo, laser no rosto do goleiro adversário e objetos arremessados durante o jogo. Um fotógrafo atingido por uma bomba sofreu fraturas e lesões graves, passando por cirurgia.

Possíveis Punições

O Atlético poderá ser enquadrado nos artigos 211 e 213 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva. O artigo 211 trata da responsabilidade de manter o estádio com infraestrutura necessária para garantir segurança, e, caso condenado, o clube poderá ser punido com multas de R$ 100 a R$ 100 mil, além da interdição do estádio até que os problemas sejam corrigidos.

O artigo 213, geralmente aplicado a casos de desordem e falta de controle, prevê punições como multa e perda de mando de campo por uma a dez partidas em competições da CBF, caso a gravidade seja considerada elevada.

Relato da Súmula

A súmula de Atlético x Flamengo, feita pelo árbitro Raphael Claus, registrou o uso de laser contra o goleiro adversário, lançamento de bombas e copos plásticos no gramado, além de objetos lançados após o gol do Flamengo, que interromperam a partida por sete minutos. O documento também menciona uma tentativa de invasão ao campo antes da cerimônia de premiação, contida com o apoio da segurança privada e da Polícia Militar.

Esses incidentes colocam o Atlético em uma situação delicada, com possíveis punições pesadas à vista.

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