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Ricardo Nunes é reeleito prefeito de São Paulo com 59,57% dos votos válidos

Prefeito vence segundo turno contra Guilherme Boulos (Psol) e mantém continuidade do grupo político que governa a capital desde 2017

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), foi reeleito neste domingo (27) após vencer o segundo turno contra o deputado federal Guilherme Boulos (Psol). Com 90,54% das urnas apuradas, Nunes obteve 59,57% dos votos válidos, enquanto seu adversário alcançou 40,44%. Na mesma chapa, o coronel Ricardo de Mello Araújo (PL) foi eleito vice-prefeito.

O resultado confirma o favoritismo de Nunes, que, após um primeiro turno equilibrado, conseguiu ampliar sua margem de votos ao conquistar a maioria dos eleitores de Pablo Marçal (PRTB), terceiro colocado. Durante a campanha, Nunes teve o apoio formal do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e contou com o engajamento ativo do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), seu principal cabo eleitoral.

A vitória de Nunes representa um revés para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que investiu fortemente na candidatura de Boulos. O deputado recebeu mais de R$ 44 milhões em apoio financeiro do PT, mas não conseguiu conquistar a maioria dos eleitores paulistanos. Com o resultado, o grupo político que governa São Paulo desde 2017 continua no comando da maior cidade do país.

Ricardo Nunes, que assumiu a prefeitura em 2021 após a morte de Bruno Covas (PSDB), agora terá mais quatro anos de mandato. Ao longo da campanha, ele enfrentou o desafio de se tornar mais conhecido e se posicionou como um candidato moderado, destacando os rivais como “extremistas”. Além disso, buscou um equilíbrio entre o apoio de Bolsonaro e uma certa distância para evitar contaminações pela rejeição do ex-presidente.

O segundo turno teve um cenário favorável para Nunes, que evitou que o apagão de uma semana que atingiu São Paulo influenciasse o eleitorado. Boulos tentou responsabilizar o prefeito pelo problema, enquanto Nunes atribuiu a culpa ao governo federal, criticando a gestão Lula pela renovação do contrato da Enel. Na reta final, o prefeito atuou para manter o engajamento dos eleitores e evitar o clima de “já ganhou”, prevenindo um aumento da abstenção.

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