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Menino de 11 anos com microcefalia é estuprado e espancado por colegas em escola de BH

A Polícia Civil está investigando um caso de violência envolvendo um menino de 11 anos, portador de microcefalia, que teria sido vítima de agressão e abuso por dois colegas no banheiro de uma escola no bairro Vale do Jatobá, em Belo Horizonte. O incidente teria ocorrido no dia 13 de setembro na Escola Municipal Elói Eraldo Lima, mas só foi relatado à Polícia Militar (PM) pela família da vítima seis dias depois, em 23 de setembro.

De acordo com o boletim de ocorrência, o pai do menino, de 45 anos, procurou a PM para denunciar o abuso e as agressões sofridas pelo filho na escola. Segundo o relato, o menino revelou que foi trancado no banheiro pelos colegas, agredido fisicamente e, em seguida, submetido ao abuso. Após o ataque, o menino teria perdido a consciência devido às agressões.

A vítima foi encaminhada ao Hospital Júlia Kubitschek, onde passou por exames e foi realizada a coleta de material biológico. Em reunião com a direção da escola no dia 20 de setembro, a criança identificou os supostos autores do ataque.

A família da vítima, bastante abalada, optou por não conceder entrevistas. Carla Rodrigues, advogada que representa a família gratuitamente e também preside a Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência da OAB-MG, destacou o impacto psicológico do ocorrido: “A família está enfrentando um momento muito difícil, assim como a criança. A vítima se recusa a retornar à escola enquanto os responsáveis não forem devidamente punidos. A família pede a transferência dos agressores”, afirmou a advogada.

Os dois menores suspeitos, inicialmente, negaram as acusações, mas depois confessaram ter agredido o colega. De acordo com o relato deles à polícia, as agressões ocorreram após um desentendimento. A escola informou que notificará o Conselho Tutelar e que a professora responsável por acompanhar a vítima não observou nada de incomum no dia do incidente. Até o momento, a Secretaria Municipal de Educação e a Polícia Civil não se pronunciaram sobre o caso.

Pais de outros alunos da escola organizaram uma manifestação pacífica em resposta ao episódio, marcada para a sexta-feira, 27 de setembro, às 10h30, em frente à instituição, com o intuito de protestar contra a violência e o abuso sexual.

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