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Volante do City diz que jogadores podem iniciar greve contra aumento do número de jogos
O volante Rodri, do Manchester City, declarou nesta terça-feira que os jogadores estão próximos de organizar uma greve devido ao aumento no número de partidas na atual temporada europeia, intensificado pelo novo formato da Liga dos Campeões, que começou nesta terça-feira (17) com mais jogos na primeira fase.
Rodri afirmou que a insatisfação é geral entre os atletas: “Acho que estamos perto disso (greve). Se você perguntar a qualquer jogador, ele vai dizer o mesmo. Não é apenas a opinião do Rodri, mas a opinião geral dos jogadores.”
Sem fornecer mais detalhes sobre uma possível organização da greve, o jogador sugeriu que uma paralisação pode se tornar inevitável. “Se a situação continuar assim, haverá um momento em que não teremos outra opção”, disse ele. “Somos os que sofrem com isso.”
Rodri deve jogar sua primeira partida na temporada europeia nesta quarta-feira, contra a Inter de Milão, no Etihad Stadium. Ele estava de férias após participar da conquista da Eurocopa pela seleção espanhola em julho, o que o deixou de fora das rodadas iniciais da Premier League.
Com o novo formato da Liga dos Campeões, os clubes enfrentarão dois jogos a mais na fase de grupos, o que aumenta ainda mais a carga de partidas. O Manchester City, por exemplo, terá que disputar o Mundial de Clubes no meio de 2024, logo após o término da temporada europeia.
A sobrecarga de competições, como o Mundial e a ampliação da Copa do Mundo para 48 equipes em 2026, é um dos principais alvos de críticas dos jogadores e da FIFPro, o sindicato mundial dos atletas, que já abriu processos contra a FIFA por conta do aumento do calendário.
Rodri criticou o volume de partidas, afirmando que o desempenho dos atletas fica prejudicado quando são forçados a disputar entre 60 e 70 jogos por temporada. “Na minha opinião, é demais. Temos que cuidar de nós mesmos. Alguém precisa nos proteger, porque somos os protagonistas deste esporte”, comentou.
Ele concluiu afirmando que a questão não é apenas financeira ou relacionada ao marketing, mas à qualidade do futebol. “Quando descanso, jogo melhor. Se as pessoas querem ver um futebol de mais qualidade, precisamos de tempo para nos recuperar.”
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