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Diesel: entenda as consequências do aumento, que começa a valer nesta terça

Alta pode afetar preço da passagem de transporte coletivo e deve encarecer ainda mais os alimentos

O reajuste do preço do diesel anunciado pela Petrobras de 8,9%,, começou a valer nesta terça-feira (10). Agora, o litro do combustível é vendido às distribuidoras por R$ 4,91, e não mais R$ 4,51. Antes mesmo de começar a valer, o anúncio do aumento provocou reação no mercado e pode repercutir inclusive passagem de ônibus em Belo Horizonte. 

O presidente executivo do Sindicato das Empresas de Transporte Terrestre de Passageiros de Belo Horizonte (Setra-BH), Raul Lycurgo, afirmou que marcará uma reunião com a Prefeitura de BH (PBH) para discutir o reajuste da passagem. “É quase 10% de aumento no diesel que é o nosso maior gasto, principal insumo. É extremamente grave em um sistema que já está colapsado e que tem a tarifa congelada desde 2018”, pontuou Lycurgo.

Ele citou uma nota publicada pela Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU) na última semana. O texto destaca que a alta sobre o diesel, confirmada nessa segunda (9), pode resultar em “uma falta generalizada de transporte público”. 

A atual perspectiva é de que o diesel passe de R$ 7 nas bombas em Belo Horizonte. Antes do aumento, a média de preço nos postos era de R$ 6,73, segundo o site de pesquisa Mercado Mineiro. Mas, com o reajuste, só a parcela do preço diretamente relacionada ao preço praticado pela Petrobras aumentará R$ 0,36.  

Além disso, a alta do combustível tende a encarecer ainda mais os alimentos, já que o transporte da comida depende de caminhões, e a energia também pode ser afetada, pois muitas termelétricas, acionadas em períodos de estiagem, utilizam o combustível. 

O aumento do diesel também lança luz, novamente, em ameaças de greve dos tanqueiros, caso não haja reajuste do valor dos fretes. O Sindicato das Empresas Transportadoras de Combustíveis e Derivados de Petróleo do Estado de Minas Gerais (Sindtanque) afirma não descartar uma paralisação. “A gente depende agora de um reajuste imediato. A gente vai ter que conversar com as distribuidoras. Caso elas não façam o repasse, a categoria vai começar a se manifestar para ver qual a decisão”, declarou o presidente da entidade, Irani Gomes.  

Fonte: O TEMPO

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