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Antes de ser presa, médica abandonou recém-nascida que sequestrou em MG e tentou fugir

A médica flagrada por câmeras de segurança durante o sequestro de uma recém-nascida no Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU), no Triângulo Mineiro, tentou escapar da prisão na manhã desta quarta-feira (24 de julho). Ela foi localizada pela polícia em uma clínica de sua propriedade na cidade de Itumbiara, em Goiás, a cerca de 134 km de onde o crime ocorreu.

Conforme a delegada Lia Valechi, ao perceber os policiais, a médica abandonou a recém-nascida na clínica com uma funcionária e fugiu, mas foi localizada pelos policiais civis pouco depois.

Valechi afirmou que o pai da bebê está a caminho do município goiano para buscar a filha, que está bem e sendo avaliada em um hospital. De acordo com o boletim de ocorrência, o sequestro durou 30 minutos e levantou suspeitas desde a entrada da mulher pela portaria do hospital.

Cronologia do sequestro:

Terça-feira, 23 de julho, 23h23

  • A médica entra no HC de Uberlândia antes do sequestro. Segundo o documento da ocorrência, sua forma de apresentação deixou a profissional da portaria desconfiada. A mulher afirmou que iria cobrir o serviço de outra médica que teria faltado e apresentou um crachá de funcionária.
  • A funcionária da portaria ligou para o setor e confirmou que o quadro estava completo e não havia necessidade de substituição. A funcionária acionou os seguranças do HC, mas a suspeita agiu rapidamente.

23h40, dez minutos depois

  • O pai da recém-nascida relatou aos policiais que, às 23h40, a médica entrou no alojamento da maternidade onde o casal estava com a bebê. A suspeita perguntou à mãe se ela estava dando leite e, em seguida, pegou a bebê, dizendo que iria “alimentá-la no copinho”.
  • O pai estranhou a demora da médica e a viu sair com um cobertor nas mãos e uma mochila nas costas. Ela afirmou que uma enfermeira estava alimentando a filha e se dirigiu à saída do HC.

23h54, horário de saída da médica do hospital

  • Um vigilante relatou aos militares que, após ser acionado pela profissional da portaria, encontrou a médica saindo de um banheiro no setor de pediatria. Ele a questionou e ouviu que a substituição não seria necessária, então ela já estava de saída.
  • O vigilante, sem autorização para efetuar buscas pessoais, acompanhou a médica até a saída, observando-a deixar a unidade às 23h54.

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