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PF faz operação em Minas e outros 6 estados contra tráfico internacional de drogas
Nesta terça-feira (2), a Polícia Federal (PF) lançou a operação “Terra Fértil” em Minas Gerais e outros seis estados, com o objetivo de desmantelar uma organização criminosa envolvida no tráfico internacional de drogas. As autoridades estimam que o grupo movimentou ilegalmente mais de R$ 5 bilhões ao longo de pouco mais de cinco anos.
Ação Coordenada
Cerca de 280 agentes da PF estão cumprindo nove mandados de prisão preventiva e 80 mandados de busca e apreensão, além de executar medidas cautelares como o sequestro de bens e o bloqueio de contas bancárias. As ordens foram emitidas pela 3ª Vara Federal Criminal da Comarca de Belo Horizonte.
Complexidade da Organização
De acordo com a PF, as investigações revelaram uma estrutura complexa criada pelo grupo criminoso, que incluía uma grande rede de indivíduos interconectados, alguns com ligação a facções criminosas conhecidas. “Um narcotraficante internacional e pessoas físicas e jurídicas associadas a ele faziam parte de uma rede que cometia diversos delitos, visando principalmente ocultar e dissimular o patrimônio proveniente da prática de inúmeros crimes, dentre os quais o tráfico internacional de drogas”, afirmou a PF em nota.
Envio de Drogas e Lavagem de Dinheiro
O principal suspeito, já investigado anteriormente, é acusado de enviar cocaína para diversos países da América do Sul e Central, com destaque para os cartéis mexicanos. Durante as investigações, a PF descobriu que os envolvidos criavam empresas de fachada, sem registro de empregados no sistema CAGED. Essas empresas adquiriram imóveis e veículos de luxo para terceiros e movimentavam grandes quantias de dinheiro, incompatíveis com seu capital social.
Perfis dos Envolvidos
Os sócios das empresas investigadas, em sua maioria, não possuíam vínculos empregatícios há anos, e alguns até receberam auxílio emergencial. Além disso, a PF constatou que algumas dessas empresas realizavam transações com companhias do ramo de criptomoedas e outras atividades não relacionadas aos seus negócios, sugerindo que esses investimentos eram usados para mascarar a origem ilícita dos valores.
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