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Suspeito de matar sargento Dias grava vídeo fumando e escutando música na cadeia; Sejusp promete revista
O suspeito investigado pelo assassinato do sargento da Polícia Militar Roger Dias da Cunha, de 29 anos, durante uma perseguição em Belo Horizonte em janeiro, utilizou suas redes sociais nesta segunda-feira (13) para compartilhar um trecho de sua rotina no interior do complexo penitenciário Nelson Hungria, em Nova Contagem, na região metropolitana da capital. A Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) prometeu realizar uma “revista minuciosa” na cela.
No vídeo divulgado nas redes sociais, o suspeito, sem camisa e ouvindo pagode, solicita a um possível companheiro de cela que acenda um cigarro. Em seguida, ele coloca o cigarro na boca e diz: “Saudade dela, sô”. Para concluir a gravação, o homem ainda envia um beijo de forma sugestiva, passando a língua entre os lábios.
Desde sua prisão, o homem de 26 anos alega ter sido vítima de tortura dentro do complexo prisional, o que resultou em sua transferência de cadeia no início de março, após denúncias. Em 1º de maio, ele utilizou uma lâmina de barbear para se ferir, como forma de chamar atenção para os maus-tratos no presídio. Posteriormente, tentou atear fogo dentro da cela ao retornar ao complexo após ser medicado no Hospital Risoleta Neves, em BH.
Em resposta à divulgação do vídeo, a Sejusp anunciou uma “revista minuciosa” na cela do suspeito. A secretaria também afirmou que realiza várias ações para evitar a entrada de aparelhos celulares no sistema prisional.
“Destacamos que o Departamento Penitenciário de Minas Gerais (Depen-MG) conduz diariamente diversas ações de revista nas celas para evitar a entrada ou permanência de materiais ilícitos ou não permitidos nas unidades prisionais sob sua gestão. Para isso, além da experiência de seus agentes penitenciários e das medidas preventivas de inteligência, são utilizados equipamentos como escâneres corporais e detectores de metal durante as revistas aos visitantes. As correspondências e os itens destinados aos detentos também são sujeitos a uma inspeção minuciosa”, ressaltou a nota da Sejusp.
A reportagem procurou o advogado responsável pela defesa do suspeito, mas até o momento da última edição, não houve retorno. O espaço permanece aberto para atualizações.
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