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Médico de Família: uma ponte para a medicina para todos

Nicolas Carvalho Drumond, especialista em medicina de família da Usisaúde

A medicina é uma das ciências mais antigas do mundo e fundamentais para a saúde do ser humano. Há milênios, o papel do médico é o de zelar e cuidar do próximo, ajudando a prevenir, diagnosticar e tratar doenças. Uma das especialidades médicas mais importantes na área da saúde é a Medicina da Família e Comunidade.

Neste dia 5 de dezembro, o Brasil comemora o Dia Nacional do Médico de Família e Comunidade. O momento é oportuno para a reflexão sobre a importância desse profissional. O profissional adquire saberes não somente em clínica, mas em pessoas e um olhar diferenciado que vai além das doenças, pois ele cuida de gente na sua totalidade e individualidade. Ele não se restringe a sexo, idade, órgão ou sistema e nem na fase da vida. É um especialista essencial para todos.

Um estudo do Conselho Federal de Medicina (CFM) em parceria com a Faculdade de Medicina da USP de 2020, apontou que no Brasil existiam 7.149 médicos de família e comunidade, um aumento de 30% entre 2018 e 2020. Apesar da alta na procura pela especialidade, os dados ainda revelam um déficit destes profissionais tão essenciais para a saúde da população. Segundo o CFM seriam necessários 10 vezes mais profissionais desta área para atender as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) que estabelece que 40 a 50% de profissionais médicos sejam especialistas em medicina de Família e Comunidade. Em países como Inglaterra e Canadá, cerca de 95% da população é atendida por um médico de família.

Para se ter uma ideia da importância desses profissionais, eles são capazes de resolver até 85% dos problemas de saúde da população porque trabalham o conceito de Atenção Primária à Saúde (APS). A APS tem como ponto central não só a prevenção de doenças, mas ela também visa promover a manutenção da saúde por meio de uma prestação de serviços continuada, centrada no indivíduo e no contexto em que ele está inserido.

O vínculo entre médico e paciente torna-se uma ferramenta de cuidado ao longo do tempo. A especialidade não só resgata a humanização na medicina, como o médico se propõe a ser o gestor da saúde do paciente, acionando os recursos de carinho e zelo. Quem é médico de família conhece os medos, os receios e a vida do seu paciente. Tudo isso vai influenciar na saúde e no bem-estar da assistência.

Outro papel fundamental da Atenção Primária à Saúde trabalhada na medicina de família é o foco na prevenção e não somente na cura. Como o médico de família acompanha o paciente ao longo dos anos, ele tem propriedade para decifrar suas alterações no organismo, indicar exames, internações, procedimentos e outros especialistas, quando for o caso e até mesmo prevenir doenças.

Na última década, as operadoras de saúde tiveram um grande despertar para a atenção primária à saúde, investindo na medicina preventiva, o que resultou em redução de custos e sinistralidade. A Usisaúde, operadora de planos de saúde da Fundação São Francisco Xavier, é um exemplo de modelo assistencial voltado para atenção primária. O índice de satisfação do paciente (NPS) não só subiu para 87%, como no último quadrimestre, a Usisaúde conseguiu reduzir em 23% seus custos assistenciais.

Neste dia de comemoração, quero parabenizar esses profissionais polivalentes da medicina de família, que possuem grande senso de responsabilidade, empatia, entusiasmo e habilidade para lidar com múltiplos problemas. A medicina e a saúde precisam de vocês!

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